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Ciclismo e maternidade : entrevista com a campeã Priscila Corso, que conta como é possível conciliar


Nesse dia das mães conversamos com a Priscila Corso, 30 anos, ciclista da cidade de Teutônia RS, integrante da equipe de ciclismo feminino AVAÍ F.C. de SC e mãe dos gêmeos João e Mateus de 7 anos.

Você já pedalava quando engravidou?

Não pedalava , tive os meninos em 2011 , em 2013 comecei a pedalar por insistência da minha mãe , pois tive depressão pós parto. Alí começou a minha a paixão pelo ciclismo pois me tirou do estado que estava, me salvou.

Sempre fui envolvida com esporte, desde pequena fazia atletismo, depois parei, tive os meninos, depois tive depressão e minha mãe notou que precisava me impulsionar para o esporte.

Tinha uma bicicleta parada em casa, daí a mãe disse é "ali mesmo que vou te tocar", os meninos tinham 2 anos na época.

Em 2014, vi no jornal da cidade que iria ter uma prova aqui, então mesmo sem nunca ter participado eu fui prestigiar e gostei bastante, então comecei nas competições, antes disso fazia Audax.

Como você conciliou o início das pedaladas com os filhos pequenos?

Quando comecei a pedalar , quando não estavam na creche minha mãe ficava com eles para pedalar , pedalava pouco tempo para voltar para casa cuidar deles e amamentar enquanto tive leite. Depois do trabalho 2x por semana pedalava com meu pai, também atleta de ciclismo , nesse tempo a mãe ajudava a cuidar dos 2, até hoje, divide as tarefas e tudo vai se encaixando.

Hoje competindo pela equipe Avaí ciclismo como você faz com os pequenos quando participa de provas?

Quando viajo para as competições não consigo levar junto, mas sempre nos falamos por vídeo, eles querem ver onde estou, como é o lugar e o Mateus toda vez que fala comigo , pede um troféu dizendo: Vê se não volta para casa sem um troféu! Quando a prova é perto e não dura muitos dias, pois quando é vários dias é entediante para eles ,cansa também, organizamos para levar eles junto . Não é fácil dar conta dos 2, disse para minha mãe que temos que comprar um van para levar todo mundo, porque a mãe participa do apoio, as crianças vão junto e o pai também compete.

"Vê se não volta para casa sem um troféu!"

Com as provas a rotina de treinos é mais intensa, como se organiza para treinar em relação aos filhos?

Ás vezes não tenho horário fixo para treinar, muitas vezes vou sozinha, normalmente treino depois do trabalho e eles ainda estão na escola.

Quando treino mais tarde eles ficam com a vó , na volta do treino os meninos esperam na frente de casa ansiosos pois é a vez deles, não insisto muito para eles seguirem os meus passos nas pedaladas, deixo livre, tem que ser natural, não da para forçar a criança. Mas já da para ver qual deles gosta mais da bike: o João, já o Mateus pedala também mas gosta mais de futebol. Quando vou treinar nos finais de semana nos treinos de até 4 horas a vovó da um "help" ela cuida deles e espera nós ( meu pai e eu) com o almoço pronto No final de semana quando os treinos são mais longos que 4 horas , levamos eles junto no carro de apoio, a avó vai pilotando e os guris vão junto, entregam água para gente , ficam muito felizes em fazer isso , adoram!​

Cleni com os netos João e Mateus​

"Ali a família toda é muito unida, esse é o segredo da vitória, o João e o Mateus já sabem , a mãe e o avô ganham porque a vó ta junto" Minha mãe é nosso alicerce.

Nome da mãe:

Cleni Corso de Souza

Principais títulos :

Campeã geral elite open Serra Rio rastro 2019

Ouro nos jogos abertos de Santa Catarina JASC 2018 ( prova de estrada) TRI campeã gaúcha

Campeãs por equipes do Ranking Nacional 2018 Avaí ciclismo

Atleta revelação Tour feminino internacional Uruguai 2018

3° Lugar geral 200 milhas do Uruguai 2017 Campeã gaúcha de contrarrelógio 2016 Campeã gaúcha de Meio fundo 2016 Atleta destaque especial pela Federação gaúcha de Ciclismo em 2015

Foto: Pablo Decaro

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